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terça-feira, 16 de dezembro de 2014

POX

Crises: Evocar crises contra as epistemologias fundantes do "campo da arte" como a noção individualizante: artista.

Território: Pensar a ação a partir de uma noção de território que não esteja associada de modo algum ao urbanismo ou ao design, pois aqui o atual território é o produto de inúmeros séculos de operações policiais. Elucidar a expulsão de pessoas para fora de seus campos, retiradas de suas ruas, para fora de seus bairros e halls de prédio, na esperança demente de conter toda a vida entre quatro paredes viscosas do privado. A questão do território não se coloca para nós da mesma maneira que para o Estado. Não se trata de possuí-lo, mas de densificar localmente as comunas, as circulações e as solidariedades afim de torná-lo ilegível e opaco a semiotização da Cultura. Toda prática da existência a um território. Quanto maior for o número de territórios de “arte” que se sobrepõe numa mesma zona, maior será a circulação entre eles, e menor o poder de controlá-los. Essa auto organização local, ao sobrepor a sua geografia própria  à cartografia estatal, incendeia-a, anula-a; ela produz a sua própria secessão.

Corpo: Sem mais clichês sobre esse “tema”. Não é um espaço passivo sobre o qual perpassa o biopoder, logo a redução em “tudo é subjetividade quando se fala em corpo”, levantada por muitos artistontos na arte contemporânea é um niilismo que usa o corpo como prótese morta, não como incorporação de outras possibilidades de existir.



Espaço: O espaço não é algo que está dado. Falar sobre ele não representa um suposto real dado no mundo. Os modos como dizemos, o que é dito, também afirmam e constituem o espaço. Há um discurso escrito, imagético e falado, bem como aquilo que experenciamos, constroem fragmentos que narram o espaço e ao narrá-lo o estabelecem. Logo, precisamos encontram uma nova forma de Deriva não hegemônica que libere o espaço desse estado de inércia. O termo espaço é expressão cujo significado variou historicamente e cujo sentido se especifica em relações entre discursos sempre em disputa. Portanto dizer espaço não corresponde a apreendê-lo, mas sim atribuir-lhe sentidos outros. 

“Queremos vida de verdade, vida pra além
de uma palavra que enfeita convites
de exposição. Por uma política visceral contra
o império da normalidade, e isso inclui que
a palavra política quando pela arte evocada,
seja capaz de falar a polis e não aos seus
senhores. O cognitariadx não
participa de nosso blefe estético despotente,
 nunca participará.  A arte só teve sentido
até hoje porque distante da vida esteve”